Caixa - Hoffmann, o vídeo



E.T.A Hoffmann (1776 - 1822) é um dos precursores da literatura fantástica. Suas obras influenciaram centenas de artistas seja na literatura, música, ópera, cinema, quadrinhos, teatro ou nas artes visuais, além de ser estudada por Sigmund Freud sob a luz da psicanálise no artigo Das Unheimlich, igualmente influente na cultura ocidental. Fazem parte de suas histórias personagens como Don Juan, o Quebra Nozes e O Homem de Areia...

A atmosfera fantástica dos contos de Hoffmann se cruza com o imaginário dos primórdios do cinema na instalação que o coletivo Sáfaro expõe no CJJ em setembro. Dentro da câmara escura, batizada de Caixa-Hoffmann, vislumbres de um pequeno mundo estranho estão a espera de olhos curiosos.

Concepção e realização: Luiz Falcão e Leonardo França;

Colaboradores: Natascha Zacheo, Rafael Castro, Samuel Gambini (audio), Ronaldo Dimer;

Vídeo - Medeia



Cenas do trabalho Medeia, realizado em 2012, pelo coletivo Sáfaro.

Saiba mais sobre o processo Medeia, do coletivo Sáfaro.

Construíram este processo os artistas: Leonardo França, Luiz Falcão, Ronaldo Dimer, Natascha Zacheo, Juliana Straub, Edu Brisa, Renato Teixeira, Julio Razec, Samuel Gambini e Mariana Waechter.

e um "bônus-track":

Encontro - Sáfaro e Pedro Franz

Um salve para o Pedro Franz, que veio a São Paulo para o lançamento do seu terceiro trabalho em quadrinhos, e nos prestigiou com sua visita e com uma longa e interessante conversa sobre seu processo criativo.



MEDEIA - Lamento da Ama

A cólquida dói deixada para traz. Lambuzada da lama que outrora a enriqueceu, mas que agora a consome. As usinas só abrigam ratos. Os ratos não tem esperança. Não há mais prole. Não há |mais prole. Não há mais prole. Não há mais pai nem pele nem pedaço nem povo nem portas nem porões nem palavras nem prostitutas nem pederastas nem petróleo nem projetos nem paisagens nem pessoas nem pêndulos nem preâmbulos nem parênteses nem paredes nem predicados nem pronomes pessoais nem performances.

MEDEIA - Jabor-Marcola

Eu li, eu leio. Eu li três mil livros na prisão. Eu leio Dante. Eu sou o cu de Dante no Inferno. Eu sou um suvenir das profundezas. Não adianta me prender.

Agora estamos ricos com a multinacional do pó. Agora estamos no centro do insolúvel.Agora estamos ricos com a multinacional do pó.

Nós somos o início tardio de vossa consciência social... Viu? Sou culto, leio Dante na prisão. Não há mais proletários, nem excluídos nem explorados.

Na favela tem cem mil homens-bomba. Na Favela tem cem mil homens bomba. A morte para nós é um presunto diário desovado numa vala.

MEDEIA - Chegada a Atenas

I

Como a urbe de que te fiz
como o país que dois preexistiu
te acolhe junto ao surto palatável
ímpia matadora comigo: és tola
vislumbra o cruor te domina
vislumbra o crime sopesa tudo
todas as teus joelhos comanda esse lugar
rogamos tudo sábio no que faz
não carneies a prole! princesa

II

Morreu-me o doce mais sinistra
resta a amargura, deixai, meninos
sequestrados da a mão direita de ambos
distantes noutra curva desses lábios
por que cravar garbo, porte e braços
por que sorrir aqui o pai

(Texto produzido pela sobreposição de páginas do texto Medeia)

Lamento - MEDEIA


# jamais houvesse a nau de argos em seu vôo rasante deitado em escombros as enormes e gêmeas simplégades, cujo brilho de espelhos o falso torque e o riso escondem vácuo no cofre/ jamais houvessem as simplégades implorado em seu skyline de tão vistosas dinamite nos pés - e os homens aceleram urânio na cozinha do fast-food - jamais jamais houvesse afrodite chegado a usar tantos efeitos especiais e maquiagens feitas de pó moído do submundo/ jamais houvessem ocultado distribuído esquartejado o corpo do irmão lançado ao mar cada pedaço no silêncio da noite atrasando os seguidores/ jamais o rio negro e subterrâneo onde bóiam os corpos dos antepassados houvesse sido perfurado para nunca mais e o anjo da história adormecido em nossos braços a sonhar uma arquitetura de vidro/ jamais houvessem os relógios nos traído e mascarado a morte de amor/ jamais houvessem sorrido e defecado, sorrido e defecado, ai... as coisas eternas estão cansadas/ a educação pela pólvora/ terror. /terror?/ (terror!) terror...fim do 1º lamento#

Apresentação Cancelada - 29/04/2012

Devido à chuva, hoje não haverá apresentação dos materiais do processo Medeia.
Atenciosamente.
Coletivo Sáfaro

Material 01 - Composição de 21/04

MEDEIA - APRESENTAÇÕES

O coletivo Sáfaro abre ao público os materiais do processo MEDEIA, pesquisados nos últimos quatro meses.

Medéia, de Eurípides, surge na pesquisa do coletivo como um catalisador de imagens, uma plataforma para a elaboração de alegorias.

Na tentativa de refletir a construção da imagem do terrorismo no Brasil, suas inconsistências e contradições, seus interesses de classe subjacentes, o coletivo apresenta a cada dia uma nova configuração cênica, um nova constelação de materiais.

de 21 de abril a 06 de maio
sábados e domingos às 20h00

Av. Marechal Eurico Gaspar Dutra, alt. do n° 1500
Terreno próximo ao Metrô Parada Inglesa

Em caso de chuva não haverá apresentação.
Entrada gratuita
Duração: 45 minutos

osafaro.blogspot.com
osafaro@gmail.com
tel: 6723-9959/ 8586-0234

Sáfaro: Juliana Straub, Julio Razec, Leonardo França, Luiz Falcão, Mariana Waechter, Natascha Zacheo, Renato Teixeira, Ronaldo Dimer.

Colaboradores: Edu Brisa, Fernando Azambuja, Rafael Castro (Rato), Samuel Gambini, Tadeu Andrade, Silvio Carneiro.

Agradecimentos: Coletivo Laborg, Coletivo Parabelo, Jery Delmondes, Funarte-SP, Sharine Machado, Elen Londero, Carlos Franciso, Galpão do Folias, Coletivo Zagaia, Raoni Maschio, David Assis, Zeca Volga, Joyce Nicioli, aos moradores da Parada Inglesa, em especial: Sebastião e família, Ronaldo e família.

Co-Patrocínio Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo
Centro Cultural da Juventude.

Apoio: Fetisso (fetisso.com.br)

APRESENTAÇÃO DE HOJE CANCELADA

DEVIDO À CHUVA, HOJE, DOMINGO, 22 DE ABRIL, NÃO HAVERÁ APRESENTAÇÃO DO MATERIAL MEDEIA.

ATT.